Tratando-se de uma questão de déficit calórico, emagrecer não deveria ser um grande problema. Dessa forma, teoricamente, para emagrecer, precisamos comer menos do que gastamos ou gastar mais calorias do que comemos. Simples, não é mesmo? Não. A verdade é que emagrecer, além de incluir déficit calórico, inclui mudança de hábitos e é essa parte que temos grande dificuldade.
Temos dificuldade de pôr em prática o plano alimentar porque estamos acostumados a dar diferentes significados à comida. Ao longo do tempo, a comida deixou de ter o sentido de apenas nutrir, e passou a acalmar desconfortos emocionais, estar associada a comemorações e prazer.
Sabotamos a dieta quando vamos em restaurantes, quando encontramos os amigos, em almoços familiares e eventos sociais. Mas também, comemos quando estamos entediados, nervosos, felizes ou animados. Esses comportamentos mostram que a parte difícil de fazer dieta, é persistir na dieta.
Para começar a emagrecer e conseguir manter o peso conquistado é preciso de mais do que um plano alimentar. Mudar a forma de como pensamos a alimentação e a comida é fundamental nesse processo. A Terapia Cognitivo-Comportamental – TCC – pode ser uma grande aliada no emagrecimento, pois trabalha com os pensamentos, sentimentos e comportamentos que envolvem todo o processo de perder peso.
Durante a psicoterapia são identificados quais são os maiores sabotadores de cada um, que tipo de pensamentos ou comportamentos são disfuncionais para a meta de perder peso. Durante a psicoterapia, novas habilidades vão sendo adquiridas e implementadas para a vida. Dessa forma, conseguimos parar de esperar que a dieta faça “milagres” e começamos a nos responsabilizar pelos atos de comer e adquirindo aos poucos o controle da alimentação e dos exercícios.
Quando aprendemos a seguir uma dieta nutritiva, ter bons hábitos alimentares e nos abster de comer alimentos que não planejamos comer, aprendemos a modificar nosso pensamento e, consequentemente, nosso comportamento. Quando aparecem pensamentos como: “Ah, tudo bem se eu comer isso [um alimento não planejado]”, ou “Depois de um dia tão difícil, eu mereço comer uma torta de chocolate”, precisamos estar prontos para identificar esses pesamentos, possíveis distorções e pensar diferente. Dessa forma passa a ser possível agir de maneira diferente e eficaz ao emagrecimento.
Maria Emília Pimentel | CRP 03/14883
– Psicóloga
– Graduada pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
– Formanda em Transtornos dos Impulsos pela Cognitiva Scientia.
– Especializanda em Terapia cognitivo-Comportamental (COGNITIVO WP).
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