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Suicídio: é possível prevenir

Setembro Amarelo é uma campanha que chama a atenção para uma realidade assustadora que precisa ser conhecida e discutida pelo público: o suicídio vem crescendo em números alarmantes e já é a terceira causa de morte na faixa etária de 15 a 24 anos.

Apesar de não possuirmos dados muito confiáveis a respeito de um tema tão cercado de preconceitos, é sabido que no Brasil a taxa de suicídio tem crescido anualmente e ocupa o 8° lugar no mundo.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde ), no ano de 2020 haverá no mundo todo mais de 1,5 milhão de óbitos por suicídio. Ou seja, cerca de 15 a 30 milhões de pessoas tentarão o suicídio, ocasionando uma morte a cada 20 segundos e uma tentativa a cada 2 segundos.  Estes números indicam que morrem mais pessoas por suicídio do que em acidentes de trânsito.

Sim, é uma estatística nefasta.  Mas temos a possibilidade de mudar essa realidade. De cada dez suicídios, nove poderiam ser evitados.  Estudos evidenciam que nos dias que antecedem o êxito suicida, muitos procuram alguém ou algum serviço de saúde para falar de sua desesperança. Essa ambiguidade, própria do ato suicida, pode ser usada para evitar que o suicídio se concretize.

Uma escuta preparada, acolhedora, disponível e determinada a ajudar pode ser um divisor de águas na perspectiva do suicida.  A importância de vencer o estigma e o preconceito e buscar ajuda profissional com um psiquiatra e uma equipe de saúde mental é também de extrema importância.

As pessoas que sentem alguma dor física, tendem a procurar com brevidade um serviço médico, porém, quando a dor é emocional, é muito comum evitar o assunto e não procurar ajuda.  Mas isso precisa mudar.

Os dados citados apontam para a necessidade de falar sobre o suicídio e não reduzir o sofrimento mental a um diagnóstico psiquiátrico.  Fatores socioeconômicos como desemprego, divórcio, problemas de autoestima, bullying e doenças crônicas são alguns dos fatores de risco que precisam ser considerados. Qualquer pessoa pode passar por situações de crise e essas pessoas precisam ser assistidas de maneira séria e comprometida.

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